O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu acabar com a destruição da floresta amazônica até 2030.

O desmatamento na floresta amazônica do Brasil caiu 34% no primeiro semestre de 2023, mostram dados preliminares do governo, atingindo seu nível mais baixo em quatro anos, à medida que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva institui políticas ambientais mais rígidas.

Dados produzidos na quinta-feira pelo Inpe, agência nacional de pesquisa espacial do Brasil, indicaram que 2.649 quilômetros quadrados (1.023 milhas quadradas) de floresta tropical foram desmatados na região no primeiro semestre deste ano, o menor nível de desmatamento desde 2019.

“É muito positivo, mas continuamos com níveis muito altos de desmatamento”, disse Daniel Silva, analista da organização sem fins lucrativos WWF-Brasil.

Lula, de 77 anos, assumiu o cargo em janeiro prometendo acabar com o desmatamento até 2030, após aumentar a destruição sob seu antecessor, Jair Bolsonaro, que reduziu os esforços de proteção ambiental.

Durante o mandato de Bolsonaro de 2019 a 2022, o desmatamento da Amazônia disparou 75% em comparação com a média da década anterior. O ex-líder de extrema direita pediu mais agricultura e mineração em terras protegidas, dizendo que isso tiraria a região da pobreza.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse em entrevista coletiva na quinta-feira que a queda no desmatamento foi resultado direto do governo Lula aumentar rapidamente os recursos para a fiscalização ambiental.

“Estamos fazendo todos os esforços para garantir que [our anti-deforestation plan] já está em pleno andamento. Este é o resultado de nossos esforços de emergência”, disse Silva.

Somente em junho, dados de satélite da agência espacial nacional do Brasil, ou INPE, mostraram que o desmatamento totalizou 663 quilômetros quadrados (255 milhas quadradas), uma queda de 41% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Ainda não se sabe se o desmatamento anual mostrará um declínio geral, já que o pico anual de desmatamento e incêndios vai de julho a setembro.

“Julho tende a ter uma explosão de desmatamento”, disse João Paulo Capobianco, adjunto de Silva no Ministério do Meio Ambiente.

No mês passado, o governo do Brasil revelou seus planos para cumprir a promessa de Lula de eliminar o desmatamento na Amazônia até 2030, usando uma longa lista de medidas, incluindo reforço da aplicação da lei, contra crimes ambientais e desenvolvimento econômico verde.

Lula também tentou persuadir os países mais ricos do mundo a pagar por iniciativas destinadas a proteger a Amazônia, somando-se ao trabalho feito por Noruega e Alemanha por meio do chamado Fundo Amazônia.

A proteção ambiental é uma questão fundamental, já que o bloco comercial sul-americano Mercosul negocia um acordo de livre comércio há muito adiado com a União Europeia.

A UE recentemente fez novas exigências aos quatro países do Mercosul para combater os crimes ambientais.

Fonte: www.aljazeera.com

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