As forças policiais brasileiras dizem que foram atacadas enquanto realizavam uma operação contra grupos criminosos em uma favela.

As autoridades brasileiras disseram que pelo menos nove pessoas foram mortas durante uma batida policial na cidade do Rio de Janeiro, o mais recente caso de violência decorrente da atividade policial nas favelas da cidade.

A polícia disse que a operação de quarta-feira foi focada em atacar gangues criminosas no Complexo da Penha, uma rede de favelas na zona norte da cidade.

“Um confronto ocorreu quando equipes policiais foram atacadas por homens armados no local”, disse a polícia em um comunicado. A operação foi lançada depois que a polícia recebeu informações sobre uma reunião de líderes de gangues de alto escalão.

Onze suspeitos ficaram feridos no ataque e nove morreram devido aos ferimentos. Um policial foi levado para o hospital e está em condição estável.

A incursão eleva para 42 o número total de mortos em operações semelhantes nos últimos seis dias.

As batidas policiais são uma fonte persistente de controvérsia no Brasil, onde políticos pró-policiais defendem as operações como parte necessária da luta contra grupos criminosos. Os críticos, por sua vez, alegam que a polícia mata indiscriminadamente em bairros pobres, colabora com grupos paramilitares e participa de atividades criminosas.

O ex-presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que certa vez disse que os criminosos deveriam “morrer como baratas”, deixou de lado as preocupações sobre os abusos de direitos cometidos pela polícia. Ele era um firme aliado do “lobby da bala” do Brasil, um termo para as forças políticas que se unem em torno do apoio à polícia, medidas anticrime e acesso mais amplo a armas de fogo.

Moradores de bairros pobres visados ​​pelas batidas às vezes contestam a versão dos fatos retratada nos relatórios oficiais da polícia sobre incidentes violentos.

Por exemplo, após uma operação em julho de 2022 na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, um morador disse à Associated Press: “É um massacre lá dentro, que a polícia está chamando de operação”. Esse ataque matou pelo menos 18 pessoas.

Fonte: www.aljazeera.com

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