Ministro da Justiça diz que Brasil está perto de resolver ‘horrendo’ assassinato de vereadora do Rio de Janeiro em 2018.

As autoridades brasileiras prenderam outro suspeito em conexão com o assassinato em 2018 da popular vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista, confirmou o ministro da Justiça.

Um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, disse o ministro da Justiça, Flavio Dino, durante entrevista coletiva na capital, Brasília, na segunda-feira.

O homem detido foi identificado como o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, e é suspeito de esconder as armas utilizadas pelos ex-polícias suspeitos do homicídio, disse Dino.

“Estamos perto de resolver esse crime horrendo”, disse ele.

O assassinato de Franco, uma vereadora negra, abertamente gay e progressista nascida em um bairro pobre do Rio de Janeiro, chocou o Brasil e estimulou protestos em massa pedindo responsabilidade e justiça.

No aniversário de cinco anos do assassinato em março, a Anistia Internacional instou o presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a estabelecer um “mecanismo internacional de especialistas independentes” para apoiar as autoridades locais que investigam o caso.

“Nos últimos cinco anos, seis diferentes delegados de polícia, onze promotores, quatro secretários de polícia, três governadores, um ouvidor federal, dois procuradores-gerais e três presidentes da república estiveram à frente das investigações, e ainda não temos respostas”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, em nota à época.

“Quem mandou matar Marielle Franco e [her driver] Anderson Gomes, e por quê? É inaceitável que, depois de meia década, nenhuma das autoridades que passaram por esse caso tenha conseguido resolvê-lo”, disse Werneck.

Em março de 2019, dois ex-policiais, Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz, foram indiciados por atirar em Franco e Gomes. Eles permanecem sob custódia da prisão federal.

Dino disse na segunda-feira que Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime, fez uma delação premiada com a polícia e o Ministério Público e disse que era cúmplice do crime e confirmou o envolvimento de Lessa no assassinato.

O ministro acrescentou que as informações fornecidas por Queiroz ajudarão a identificar outros envolvidos no crime e mais operações policiais podem ser esperadas nas próximas semanas.

Uma estrela em ascensão no Partido Socialismo e Liberdade, Franco era um crítico ferrenho dos assassinatos cometidos pela polícia contra moradores pobres do Rio. Os investigadores acreditam que seu assassinato foi um assassinato político realizado por assassinos pagos.

Fonte: www.aljazeera.com

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