O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro | PA

Houve 800 indígenas brasileiros assassinados durante a presidência do direitista Jair Bolsonaro, um novo relatório revelado hoje.

O relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), aponta que durante a gestão de Bolsonaro foram registrados 795 casos de homicídios contra indígenas em todo o país.

O lançamento do relatório na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contou com a presença de lideranças indígenas e representantes da CNBB e do Cimi, como Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, e o presidente do CIMI, Roque Paloschi.

Os estados mais atingidos pelos assassinatos foram Roraima e Amazonas, sede da comunidade Yanomami, onde 208 e 168 pessoas foram assassinadas, respectivamente.

No Mato Grosso do Sul foram registrados 146 assassinatos.

O relatório também diz que as maiores taxas de suicídio também foram encontradas nesses três estados entre 2019 e 2022.

Quase três quartos do total dos 535 indígenas que se suicidaram eram de Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

Também foi registrado o aumento dos conflitos por direitos territoriais, especialmente em 2022, quando foram registrados 158 atos violentos e 309 casos de exploração ilegal de recursos naturais, invasões e danos a propriedades indígenas em 218 territórios indígenas de 25 estados do Brasil.

O relato da trágica situação das comunidades indígenas no Brasil durante quatro anos de governo Bolsonaro mostrou a perda de demarcações de terras indígenas, o aumento de conflitos e o desmantelamento de políticas voltadas para a proteção dos povos indígenas e de seus territórios.

Roberto Antonio Liebgott, um dos autores do relatório, disse: “Este relatório, ao contrário dos outros, fecha um ciclo de perversidade, de quatro anos de brutalidade. Por isso, nos demos ao trabalho de trazer os dados coletados nos últimos quatro anos.”

Estrela da Manhã

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CONTRIBUINTE

Roger McKenzie


Fonte: www.peoplesworld.org

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