Os meios de comunicação brasileiros dizem que o suspeito de 13 anos parecia ter sido inspirado por um tiroteio mortal em uma escola em 2019.

Um professor foi morto a facadas em um ataque em uma escola em São Paulo, Brasil, que deixou três outros professores e dois alunos feridos.

As autoridades identificaram um estudante de 13 anos como responsável pelo ataque com faca, ocorrido por volta das 7h20, horário local (10h20 GMT), na segunda-feira, na escola pública Thomazia Montoro.

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, disse no Twitter que o suspeito foi preso. Nenhum motivo foi confirmado até o momento.

“Não tenho palavras para expressar minha tristeza”, escreveu Freitas em seu post.

Ele também expressou “muito pesar e tristeza” pela morte da professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morta no ataque. Depois de ser esfaqueado, as autoridades dizem que Tenreiro teve uma parada cardíaca e morreu.

Três dias de luto foram decretados em memória de Tenreiro. Autoridades disseram que os professores e alunos feridos estavam sendo tratados em quatro hospitais locais.

Estudantes e adultos se afastam de Thomazia Montoro, onde professora foi morta a facadas na manhã desta segunda-feira [Carla Carniel/Reuters]

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, aplaudiu os “atos heróicos” de um professor de educação física que “imobilizou” o adolescente suspeito, evitando assim “uma tragédia maior”.

Em entrevista à agência de notícias Associated Press, um adolescente de 13 anos da escola disse que o suspeito, um colega de classe, havia brigado com outro aluno na semana anterior e que Tenreiro teria intervindo.

Ele acrescentou que o suspeito parecia zangado com Tenreiro e ameaçou fazer algo sobre as ações do professor.

Na manhã de segunda-feira, o aluno disse que o suspeito apareceu vestido com uma máscara de caveira e esfaqueou a professora pelas costas.

O jornal Folha do Brasil informou que o suspeito escreveu com o nome de usuário “Taucci” no Twitter, uma aparente referência a um tiroteio em uma escola em março de 2019 ocorrido em Suzano, na periferia de São Paulo.

Lá, dois ex-alunos, identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, abriram fogo contra a Escola Estadual Raul Brasil, matando cinco alunos e dois funcionários antes de se suicidarem. Dez outros alunos também ficaram feridos.

Os investigadores disseram mais tarde que Monteiro e Castro foram inspirados pelo massacre da Columbine High School em 1999 nos Estados Unidos, que foi, na época, o tiroteio escolar mais mortal da história daquele país.

Desde então, foi superado por tiroteios na Sandy Hook Elementary School em 2012, na Marjory Stoneman Douglas High School em 2018 e na Robb Elementary School em 2022.

Outro tiroteio em uma escola americana ocorreu em Nashville, Tennessee, na manhã de segunda-feira, mesmo dia do ataque no Brasil. Seis pessoas, incluindo três crianças, foram mortas nesse ataque.

O incidente no Brasil na segunda-feira também ocorre quase um mês depois que um professor no sudoeste da França foi morto a facadas por um aluno de 16 anos.

Autoridades brasileiras disseram que o suspeito de 13 anos em São Paulo pesquisou a compra de armas de fogo online antes do ataque esfaqueado.

Fonte: www.aljazeera.com

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