Um ataque de um ex-aluno deixa uma menina de 16 anos morta e outro adolescente ferido, disse oficial no sul da cidade.

Uma menina de 16 anos foi morta e outro adolescente ficou ferido em um tiroteio em uma escola no estado do Paraná, no sul do Brasil, de acordo com autoridades locais na cidade de Cambé.

O atirador, um ex-aluno que se acredita ter aproximadamente 20 ou 21 anos, entrou na escola estadual Professora Helena Kolody na segunda-feira supostamente para recuperar alguns documentos, disse o porta-voz Thiago Mossini à Associated Press.

Uma vez dentro do prédio, o homem disparou pelo menos uma dúzia de tiros antes de ser contido por um funcionário da escola, disse Mossini. O suposto agressor foi preso posteriormente pela polícia.

O estudante ferido, um jovem de 17 anos, permanece em estado crítico, informou o Hospital Universitário de Londrina em nota na noite desta segunda-feira. A equipa médica referiu que, apesar de ter sido necessária a colocação de um cateter, o estado crítico do doente não permitiu que fosse transportado para a sala de cirurgia neste momento.

O pai do jovem, Rodrigo Augusto, disse à rede de TV Globo News na manhã desta segunda-feira que uma bala ainda estava alojada na cabeça do filho. “Hoje é meu aniversário. Costumamos ficar juntos o dia todo no meu aniversário, e aí… hoje não pude de manhã”, disse Augusto.

Imagens que circularam na TV e nas redes sociais mostraram dezenas de alunos reunidos do lado de fora da escola, alguns chorando, enquanto uma ambulância se aproximava do portão.

“Mais uma vida jovem levada pelo ódio e pela violência que não podemos mais tolerar em nossas escolas e na sociedade”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua conta oficial no Twitter na segunda-feira.

O ministro da Justiça, Flavio Dino, por sua vez, indicou que parte da culpa é da cultura da internet. Em um discurso, ele chamou a “proliferação irresponsável de mensagens de violência e ódio na internet” como uma das questões mais prementes da atualidade.

O Brasil já viu quase duas dezenas de ataques ou episódios violentos em escolas desde 2000, metade deles nos últimos 14 meses.

Em 5 de abril, por exemplo, um ataque a uma creche matou quatro crianças e levou o governo a lançar uma repressão sem precedentes. Cerca de 3.400 policiais realizaram uma varredura nacional para prender várias centenas de pessoas acusadas de espalhar discurso de ódio ou alimentar a violência escolar.

Lula chamou o ataque à creche na época de “um ato absurdo de ódio e covardia”.

“Não há dor maior do que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas”, escreveu ele no Twitter.

Um ataque a faca em março também deixou um professor morto e cinco feridos em São Paulo. O suspeito desse ataque foi supostamente inspirado por um tiroteio em uma escola em 2019.

E em novembro de 2022, três pessoas foram mortas e outras 11 ficaram feridas depois que um ex-aluno abriu fogo em duas escolas no estado do Espírito Santo.

Fonte: www.aljazeera.com

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