O samba estava tocando, os foliões estavam dançando e por toda a cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, festas e pompa encheram as ruas.

Sexta-feira marcou a abertura oficial das festividades do Carnaval do Brasil, que vão até 22 de fevereiro, e os eventos deste ano sinalizam um retorno às celebrações de pleno direito não vistas desde antes da pandemia de coronavírus.

O governo do Brasil prevê que 46 milhões de pessoas participarão da celebração anual, uma explosão de exuberância realizada nos dias anteriores à Quaresma, o período de 40 dias em que muitos católicos jejuam e praticam atos de austeridade.

Para o Carnaval deste ano, multidões lotam as ruas do Rio de Janeiro e outras grandes cidades para música, passeios e desfiles. Somente o Rio concedeu mais de 600 licenças para festas de rua conhecidas como “blocos”, com muitas outras festas não oficiais previstas para acontecer nos próximos dias.

Milhões frequentam alguns dos maiores “blocos” da cidade, com a agência de turismo local estimando um aumento econômico de cerca de US$ 1 bilhão em receita para negócios como bares e hotéis.

Mas as festividades deste ano contrastam fortemente com os carnavais mais silenciosos dos anos anteriores, já que o Brasil sofreu com a pandemia do COVID-19. O país registra 697.894 mortes pelo vírus, segundo a Organização Mundial da Saúde, sendo que apenas os Estados Unidos superam esse total.

Enquanto o governo lutava com sua resposta à crise da saúde, o Brasil foi forçado a cancelar o Carnaval em 2021 pela primeira vez em um século. E em 2022, Rio e São Paulo optaram por adiar suas festividades por dois meses, já que a variante Omicron gerou novos temores. O resultado foi uma versão mais modesta do Carnaval, frequentado principalmente por cariocas.

Mas, à medida que a indústria do turismo se recupera, espera-se que a economia em torno do Carnaval também se recupere. Seus desfiles e espetáculos podem levar quase um ano para serem preparados e empregar exércitos de carpinteiros, eletricistas, figurinistas e coreógrafos.

Até a primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva – esposa do recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula da Silva – deve se juntar aos foliões este ano.

Fonte: www.aljazeera.com

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