Manifestantes pelo direito ao aborto marcham durante um Dia de Ação Global pelo acesso ao aborto legal, seguro e gratuito em Santiago, Chile. Enquanto as mulheres lutam por um maior acesso à saúde reprodutiva em todo o mundo, as forças contra-revolucionárias tentam reverter os progressos alcançados na saúde das mulheres em Cuba. | Esteban Félix/AP

Em 1961, após o triunfo da revolução, Cuba tornou-se o primeiro país da América Latina e do Caribe a descriminalizar o aborto. Mas o direito ao aborto, como uma vitória histórica das mulheres cubanas, está sob ataque da contra-revolução e dos seus meios de comunicação, utilizando as mentiras mais ultrajantes.

Na década de 1950, a prática do aborto em Cuba era semelhante à de muitos países daquela região hoje: enquanto para as mulheres da alta sociedade era realizado de forma segura e confidencial, as mulheres pobres morriam. O número de mortes maternas por abortos inseguros foi superior a 60 por 100.000 nascimentos, algo que, poucos anos após a revolução, foi reduzido a quase zero.

Hoje o aborto é praticado sob três princípios: a decisão é exclusiva da mulher, é realizado em hospitais públicos por pessoal especializado e é totalmente gratuito. Só se torna crime quando é praticado com fins lucrativos, sem o consentimento da mulher, ou em condições que possam ameaçar a sua saúde ou vida.

“Abortar em Cuba é tão fácil como ‘arrancar dentes’”, foi a chocante manchete de uma reportagem do jornal espanhol ABC, escrita por Camila Acosta, uma jornalista mercenária cubana. Acosta recebe parte de suas contribuições, que oferece ao jornal Cubanetde fundos federais dos EUA.

Ela cita como fonte conhecidos “dissidentes”, que hoje vivem fora da ilha. Por exemplo, Óscar Elías Biscet, um ex-prisioneiro cubano e médico antiaborto, que a ABC apresenta como um “cristão devoto” e “ativista dos direitos humanos”. Biscet afirma que, para manter a taxa de mortalidade infantil baixa, é exercida pressão sobre “mulheres com gestações supostamente problemáticas para interrompê-las, muitas vezes pouco antes do parto”.

Ainda mais escandalosamente, outra fonte, María Werlau, filha de um dos invasores mortos na Baía dos Porcos e hoje diretora do Arquivo de Cuba em Miami, afirma que as mulheres “com gestações de alto risco são sistematicamente pressionadas (…) a abortar ” para que “seus fetos possam ser utilizados em experimentos e transplantes”, escondendo uma rede de tráfico internacional de órgãos e tecidos humanos.

A contrarrevolução, juntamente com certos grupos religiosos da ilha, tentam acabar com os direitos sexuais e reprodutivos conquistados pelas mulheres cubanas, como tentaram fazer em 2021 com o novo Código da Família, que protege a diversidade familiar, o casamento igualitário, e muitos outros direitos.

Para isso, utilizam as mentiras mais aberrantes e monstruosas, espalhadas pelos canalhas da mídia internacional.

Cuba em resumo


CONTRIBUINTE

José Manzaneda


Fonte: www.peoplesworld.org

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