A operação policial ocorre no momento em que o presidente Lula da Silva promete reprimir a atividade comercial ilegal na Amazônia.

A Polícia Federal do Brasil apreendeu ativos relacionados a operações de mineração ilegal na floresta amazônica, enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reprime atividades comerciais não autorizadas que ameaçam a floresta e as pessoas que a habitam.

Em um comunicado à imprensa na quarta-feira, a polícia federal disse ter apreendido mais de 2 bilhões de reais (US$ 383 milhões) arrecadados com a venda de cerca de 13 toneladas de ouro, que foram extraídas ilegalmente da floresta tropical e exportadas por meio de uma empresa não identificada com sede nos Estados Unidos. entidade.

A polícia também disse que estava cumprindo 27 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão para interromper a operação de contrabando de ouro.

“Participam da Operação Sisaque mais de 100 policiais federais, além de cinco auditores fiscais e três analistas da Receita Federal”, diz o comunicado. “Os objetivos são ampliar o volume de provas para desmantelar o esquema criminoso e combater o garimpo clandestino, principalmente na região de Itaituba.”

A polícia está investigando crimes como mineração sem autorização, lavagem de dinheiro e usurpação de propriedade sem autorização legal.

A operação policial ocorre no momento em que o governo Lula busca intensificar as proteções para a Amazônia após anos de degradação por atividades comerciais ilegais, incluindo extração de madeira, mineração e agricultura. O ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro fez vista grossa para essa atividade, o que levou a um desmatamento recorde e à violência contra as comunidades indígenas que chamam a floresta de lar.

Alguns dos interesses empresariais que se expandem para a Amazônia, principalmente no setor agrícola, foram constituintes importantes para Bolsonaro, que via o desenvolvimento na floresta como uma ferramenta para impulsionar a economia.

Em seu comunicado, a Polícia Federal disse que organizações criminosas que operam na Amazônia usaram uma empresa sediada nos Estados Unidos para fazer seus negócios parecerem legítimos. A empresa supervisionou as vendas de ouro extraído ilegalmente para Itália, Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos, entre outros países.

Geralmente, o ouro retirado da Amazônia deve ser apresentado a corretoras financeiras reguladas pelo Banco Central do Brasil. Os mineradores são obrigados a documentar onde o ouro foi descoberto antes de poder ser vendido, mas os corretores geralmente não conseguem verificar as informações.

O efeito da mineração clandestina de ouro na Amazônia foi colocado em foco quando o governo Lula declarou emergência de saúde pública em janeiro para os índios Yanomami, que sofriam de problemas de saúde, desnutrição e violência devido à invasão da mineração ilegal em suas terras .

O Brasil lançou ataques no início deste mês para remover os garimpeiros ilegais da maior reserva indígena do país.

“A crise de desnutrição continua extremamente grave. Acreditamos que a reabertura das unidades médicas só pode ser feita quando todos os garimpeiros forem removidos”, disse o secretário de saúde indígena, Ricardo Weibe Tapeba, durante entrevista coletiva no início deste mês.

Fonte: www.aljazeera.com

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