A floresta amazônica no Brasil está enfrentando uma grave seca que poderá afetar cerca de 500 mil pessoas até o final do ano, limitando seu acesso a alimentos, água potável e outros suprimentos.

Os níveis da água já caíram e peixes mortos agora flutuam sobre alguns dos rios sinuosos da floresta tropical.

Os seus cadáveres em decomposição contaminaram o abastecimento de água em algumas áreas, disseram autoridades à agência de notícias Reuters, com mais de 110 mil pessoas enfrentando repercussões.

Em Manacapuru – uma cidade a duas horas de carro da grande cidade de Manaus, considerada uma porta de entrada para a Amazônia – os peixes se lançaram para fora das águas rasas e escaldantes em uma tentativa desesperada de sobreviver. O cheiro de podridão, emanando da água marrom, encheu o ar.

“É difícil por causa da contaminação da água. Precisamos de muito para tomar banho. E também bebemos a água, mas por estar contaminada não bebemos”, disse a lojista Caroline Silva dos Santos, de 19 anos, em Manacapuru.

“Estamos obtendo água trazendo-a da cidade.”

O estado do Amazonas, onde está localizada Manacapuru, declarou uma emergência ambiental há duas semanas em resposta à seca prolongada e lançou um plano de resposta avaliado em 20 milhões de dólares.

A seca deverá durar mais tempo e ser mais intensa devido ao fenómeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, informou a autoridade de defesa civil.

As alterações climáticas também agravam as secas, tornando-as mais frequentes, mais prolongadas e mais severas. As temperaturas mais altas aumentam a evaporação, o que reduz as águas superficiais e seca os solos e a vegetação.

Fonte: www.aljazeera.com

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