Duas estátuas de ouro do tricampeão mundial dão as boas-vindas aos visitantes em um túmulo em Santos.

Um mausoléu construído para o caixão de ouro de Pelé foi aberto para visitantes mais de cinco meses depois que a lenda do futebol brasileiro morreu de câncer de cólon.

O mausoléu, localizado no segundo andar de um cemitério em Santos, nos arredores de São Paulo, foi inaugurado na segunda-feira e recebe os visitantes com duas estátuas douradas de Pelé e um gramado artificial.

Suas paredes exibem imagens de torcedores em um estádio com uma trilha sonora interminável de torcedores tocando ao fundo.

Considerado um dos – senão o – maior jogador de futebol de todos os tempos, Pelé foi sepultado em janeiro após um funeral que contou com centenas de milhares de pessoas que vieram a Santos para prestar suas homenagens, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

[Nelson Almeida/AFP]

“Isso foi feito com muito amor por pessoas que o conheceram, que conviveram com ele. Tem a essência do que ele foi”, disse Edson Cholbi do Nascimento, um dos filhos de Pelé, à agência de notícias Associated Press, após uma pequena cerimônia com familiares e amigos.

Pelé, que era conhecido como “O Rei”, é o único jogador a vencer a Copa do Mundo três vezes. Ele levantou o cobiçado troféu em 1958, 1962 e 1970.

Em 2000, a entidade que rege o futebol mundial, a FIFA, nomeou-o jogador do século juntamente com o argentino Diego Maradona, falecido em 2020.

O Comitê Olímpico Internacional também declarou Pelé “atleta do século” em 1999.

Depois de se aposentar em 1977, Pelé serviu como “campeão do esporte” para a organização cultural das Nações Unidas, a UNESCO, ajudando a promover a educação física em todo o mundo. Ele também apoiou o UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, como embaixador da boa vontade.

Ele morreu em 29 de dezembro aos 82 anos após uma longa batalha contra o câncer. O mausoléu foi planejado pelo proprietário do cemitério, Pepe Alstut, falecido em 2018.

Alstut esperava que o mausoléu ficasse no nono andar, supervisionando o estádio Vila Belmiro do clube santista, onde Pelé atuou por 18 anos. A família do jogador, por sua vez, o enterrou no segundo andar para que os torcedores pudessem ter um melhor acesso.

“Estou tremendo. A energia deste lugar é surreal”, disse Erica Nascimento, uma chorosa economista de 42 anos, à AP.

O ex-jogador de futebol Roberto Milano, 56, também foi transferido.

“Ele faz parte da minha vida”, disse Milano. “À medida que envelhecemos, precisamos seguir os melhores modelos. Talvez ele fosse o maior de todos.

No mês passado, um dicionário brasileiro acrescentou “Pelé” como adjetivo que descreve alguém que é “excepcional, incomparável, único”.

O anúncio do dicionário Michaelis fez parte de uma campanha que reuniu mais de 125.000 assinaturas para homenagear o falecido jogador de futebol.

Fonte: www.aljazeera.com

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